Tendo o céu como fio narrativo comum, os dois contos aqui presentes são histórias extraordinárias que levam o leitor a explorar outros mundos. Em “Cemitério de estrelas”, uma narradora conta a história de uma viagem que fez pelo espaço, a bordo de uma nave, em companhia de uma senhora, a quem chama apenas de “Vó”. Esse trajeto em meio às estrelas, que transcende o espaço e o tempo, acaba por levá-la a profundas descobertas sobre si mesma. Já “A correnteza solar”, ambienta-se em um lugar habitado por seres imaginários, formados com características que refletem o céu. Nesse cenário maravilhoso existem ainda duas melhores amigas, que são separadas por uma imensa e feroz tempestade. Motivada pela mais pura amizade, Toh’kan parte em uma busca incansável por Suh’ro, sua amiga desaparecida, tornando-a uma viajante do céu, uma navegante entre as nuvens. No caminho, ela descobre uma verdade a respeito de dois deuses milenares, que acabam influenciando a vida do seu povo, além de, definitivamente, interferir na sua trajetória.