Este é um livro em que o leitor cria uma profunda conexão com as personagens, gerando uma sensação de compartilhar experiências com alguém, por mais ordinárias e momentaneamente horríveis que sejam. Em seus contos, a autora explora a figura feminina em suas várias formas, papéis e idades, em paisagens corriqueiras, despercebidas por muitos, mas que abalam relações pessoais e interpessoais. As narrativas são um convite para observar as minúcias do cotidiano e seus significados enigmáticos. É um livro que explora o “quase”: uma quase mãe, um quase casal. Fernanda Passos mergulha nos motivos que constroem a angústia de não se ter algo por um triz, mostrando que as fissuras, por mais ignoradas que sejam, estão sempre lá.